Este quarteto maléfico está acabando o futebol paraibano
Campina Grande, PB - – A Federação Paraibana de Futebol (FPF), havia determinado que a
data para encerramento das inscrições para disputar a Segunda Divisão 2012,
seria 13 de abril, e no mesmo dia já aconteceria a primeira reunião do
Arbitral. Mas as pendências financeiras dos muitos pretendentes, não foram
sanadas e caso a FPF tivesse batido o martelo, teríamos uma competição com 2
representantes apenas.
O bom disto, é que poderia haver um
acordo e as equipes tirariam no "par ou impar" quem ficaria em
primeiro lugar, evitando assim gastos desnecessários no momento de “vacas
esqueléticas”, mas isto não seria interessante para a Federação, que não se
botaria dinheiro no caixa. Críticas a parte, o fato mostra o desastre que está
se projetando para o futebol Paraibano nos próximos anos, caso não haja uma
integração das forças que têm obrigação para com o esporte no Estado.
Falo aqui diretamente da FPF, do
Governo do Estado, das Prefeituras e também dos empresários que deviriam sim,
acreditar mais na força do esporte, em especial do futebol, que é tão usado
para discursos demagogos em suas campanhas políticas partidárias e sociais, mas
que na realidade dificilmente passam de palavras ao vento, lamentavelmente. Não
podemos esquecer das responsabilidades dos dirigentes, em especial, os
presidentes que tanto ganham em projeção social ao ficar a frente de uma
agremiação.
É preciso chamar “o feito a ordem”,
chega de fechar os olhos para algo tão importante, e digo tão
importante sem medo de errar. O futebol num estado pequeno e pobre
como a Paraíba, nem deveria existir diante de tantas adversidades, mas teima em
existir e há mais de um século dá orgulho em seus torcedores, do Litoral ao
Sertão. Chegando a projetar rapidamente cidades e atletas desconhecidos no
cenário nacional ou até mesmo regional.
Um exemplo rápido, não de
desconhecimento, já que a cidade de Campina Grande e o clube em questão fazem
parte da exceção à regra, mas o que aconteceu por ocasião da Copa do
Brasil 2012, com o Treze sendo motivo de matérias de canto a canto
do país, orgulha a todos e mostra o que pode acontecer se juntos unirmos força para
tornar o futebol paraibano forte.
Em contraste total com isto,
tivemos equipe no Paraibano 2012, que entrou em campo sem sequer ter se
alimento direito, pois não havia dinheiro para pagar o almoço e o possível foi
o lance “tapia estômago” no meio da tarde. Outra saiu do sertão diretamente
para o campo em João Pessoa, cerca de cinco horas de viajem, sem nenhum
conforto e a termino da partida, fizeram o percurso de volta imediatamente.
Jogadores que entraram na competição e estão chegando ao fim, sem ter recebido
um salário sequer, tendo dificuldade de botar crédito do celular para pedir
ajuda a própria família, a quem deveriam ajudar.
Técnico que chegou a comprar do seu
bolso material para os jogadores e comida, em fim, muita coisa negativa está
escondida neste Paraibano. A falta do dinheiro do famoso programa Gol de Placa
contribuiu grandemente para a situação financeira desastrosa de 50% da equipes.
Mas o nosso Governador gosta de futebol, o Secretário de Esportes do Estado era
até então um ferrenho torcedor apaixonado por futebol e nada fez, a presidente
da FPF é cantada e decantada como uma mulher forte e influente, mas que também
fecha os olhos para esta situação. Por último, os dirigentes parecem não
saber a força que um clude com torcida tem, ficando aquém do desejado para
exercer cargo tão privilegiado.
Alguém precisa acreditar mais, fazer
mais, cobrar mais em todos os sentidos. Embora a competição esteja
“anestesiando” a todos pelo nível de competitividade dos primeiros colocados em
2012, não podemos deixar de lado a verdade lastimável que é o desprezo
misturado ao despreparo má vontade e preguiça da maioria dos
responsáveis pelo futebol paraibano e que pode causar o fim de clubes
plenamente viáveis.
Temos o mais difícil, história e
torcida, respeitem isto!
Em tempo: Isto vale também para a
imprensa, que muitas vezes é conivente com fatos nada elogiáveis, mas que
prejudicam muito o futebol em seu contexto geral.
Agora Esportes
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