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sábado, 21 de abril de 2012

Desprezo, despreparo, má vontade e preguiça



Este quarteto maléfico está acabando o futebol paraibano


Campina Grande, PB - – A Federação Paraibana de Futebol (FPF), havia determinado que a data para encerramento das inscrições para disputar a Segunda Divisão 2012, seria 13 de abril, e no mesmo dia já aconteceria a primeira reunião do Arbitral. Mas as pendências financeiras dos muitos pretendentes, não foram sanadas e caso a FPF tivesse batido o martelo, teríamos uma competição com 2 representantes apenas.
O bom disto, é que poderia haver um acordo e as equipes tirariam no "par ou impar" quem ficaria em primeiro lugar, evitando assim gastos desnecessários no momento de “vacas esqueléticas”, mas isto não seria interessante para a Federação, que não se botaria dinheiro no caixa. Críticas a parte, o fato mostra o desastre que está se projetando para o futebol Paraibano nos próximos anos, caso não haja uma integração das forças que têm obrigação para com o esporte no Estado.
Falo aqui diretamente da FPF, do Governo do Estado, das Prefeituras e também dos empresários que deviriam sim, acreditar mais na força do esporte, em especial do futebol, que é tão usado para discursos demagogos em suas campanhas políticas partidárias e sociais, mas que na realidade dificilmente passam de palavras ao vento, lamentavelmente. Não podemos esquecer das responsabilidades dos dirigentes, em especial, os presidentes que tanto ganham em projeção social ao ficar a frente de uma agremiação.
É preciso chamar “o feito a ordem”, chega de fechar os olhos para algo tão importante, e digo tão importante sem medo de errar. O futebol num estado pequeno e pobre como a Paraíba, nem deveria existir diante de tantas adversidades, mas teima em existir e há mais de um século dá orgulho em seus torcedores, do Litoral ao Sertão. Chegando a projetar rapidamente cidades e atletas desconhecidos no cenário nacional ou até mesmo regional.
Um exemplo rápido, não de desconhecimento, já que a cidade de Campina Grande e o clube em questão fazem parte da exceção à regra, mas  o que aconteceu por ocasião da Copa do Brasil 2012, com o  Treze sendo motivo de matérias de canto a canto do país, orgulha a todos e mostra o que pode acontecer se juntos unirmos força  para tornar o futebol paraibano forte.
Em contraste total com isto, tivemos equipe no Paraibano 2012, que entrou em campo sem sequer ter se alimento direito, pois não havia dinheiro para pagar o almoço e o possível foi o lance “tapia estômago” no meio da tarde. Outra saiu do sertão diretamente para o campo em João Pessoa, cerca de cinco horas de viajem, sem nenhum conforto e a termino da partida, fizeram o percurso de volta imediatamente. Jogadores que entraram na competição e estão chegando ao fim, sem ter recebido um salário sequer, tendo dificuldade de botar crédito do celular para pedir ajuda a própria família, a quem deveriam ajudar.
Técnico que chegou a comprar do seu bolso material para os jogadores e comida, em fim, muita coisa negativa está escondida neste Paraibano. A falta do dinheiro do famoso programa Gol de Placa contribuiu grandemente para a situação financeira desastrosa de 50% da equipes. Mas o nosso Governador gosta de futebol, o Secretário de Esportes do Estado era até então um ferrenho torcedor apaixonado por futebol e nada fez, a presidente da FPF é cantada e decantada como uma mulher forte e influente, mas que também fecha os olhos para esta situação. Por último, os dirigentes parecem não saber a força que um clude com torcida tem, ficando aquém do desejado para exercer cargo tão privilegiado.
Alguém precisa acreditar mais, fazer mais, cobrar mais em todos os sentidos. Embora a competição esteja “anestesiando” a todos pelo nível de competitividade dos primeiros colocados em 2012, não podemos deixar de lado a verdade lastimável que é o desprezo misturado ao despreparo má vontade e preguiça da maioria dos responsáveis pelo futebol paraibano e que pode causar o fim de clubes plenamente viáveis. 
Temos o mais difícil, história e torcida, respeitem isto!

Em tempo: Isto vale também para a imprensa, que muitas vezes é conivente com fatos nada elogiáveis, mas que prejudicam muito o futebol em seu contexto geral.

Agora Esportes







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