sábado, 22 de junho de 2013

Seleção Brasileira incendiou a Fonte Nova com ritmo de jogo alucinante


Mesmo os "ratos" de estádios, aqueles torcedores com muitos anos de arquibancada, não se lembram de um de início de jogo parecido como foi o deste domingo na Fonte Nova. A Seleção Brasileira partiu para cima da seleção italiana de maneira arrasadora, com toques rápidos, a bola de pé em pé - os italianos, atônitos, não conseguiam pegar na bola.

Foram quatro minutos alucinantes. À toda, sem tirar um segundo o pé do freio, a Seleção Brasileira encurralou o adversário no seu próprio campo. Sem saber como sair do cerco, os italianos recorriam aos chutões que teimavam em terminar de novo nos pés dos brasileiros. 

Começava tudo de novo. Os italianos na roda, correndo atrás, sem achar o instrumento de trabalho - parecia haver uma bola para cada jogador de canarinho. A disposição nas divididas era da mesma dimensão, ninguém queria perder um lance, os jogadores do Brasil se atiravam à disputa de bola como se fosse a última. 

Com tamanha vontade, que do alto do estádio, na arquibancada, deu para escutar o barulho de uma "estourada" de bola. Foram assim quatro minutos do estádio ficar naquele senta-levanta de quem se prepara para comemorar um gol. 

Que não saiu. Passado o tempo do susto, os italianos se recompuseram, colocando-se melhor, e finalmente conseguiram passar do seu campo para o do brasileiro. Ainda assim, a Seleção Brasileira continuou melhor, já que Julio Cesar não era incomodado.

Quis o destino do jogo que o gol surgisse com alguém que estava no banco. E quando parecia que não sairia mais. Logo com quem? Dante, o baiano de Salvador, que entrou no lugar do contundido David Luiz para fazer a alegria dos seus conterrâneos e parentes que estavam na Fonte Nova.

O gol fez o Brasil saiu com a vantagem para o intervalo. Energias recuperadas, com o descanso no vestiário, o time voltou com pegada idêntica. Sempre voltado para o ataque, investindo no gol, sempre, como é do estilo e da vontade do jogador brasileiro.

Só que do outro lado havia também quem soubesse jogar bola. Havia, sobretudo, um craque do tamanho de Balotelli - de calcanhar, com um toque que desconcerta a marcação, ele pôs Giaccherini em condições de marcar - e o 22 de camisa azul marcou.

Mas do lado brasileiro existe Neymar. E, quem tem Neymar, tem tudo. Falta na entrada da área, sofrida por ele próprio. O menino cobrou com maestria e enganou o veterano Buffon, que ficou sem entender como a bola tinha entrado no seu próprio canto. 

A Itália não estava morta. Mas o Brasil, bem, o time era superior. E, com a camisa 9, havia um jogador que há muito merecia balançar a rede. Para que isso acontecesse, era preciso um toque de mestre - no caso, o lançamento longo de Marcelo, daqueles que não se vê mais com frequência nos gramados. Fred, recebeu, dominou, girou em cima do zagueiro e chutou forte – não balançou, estufou a rede.

Na comemoração, agradeceu a Marcelo, com o gesto de reverência próprio dos jogadores - engraxou as chuteiras do camisa 6.

Como a Itália estava viva no jogo, e é uma seleção de respeito, o zagueiro Chielini repôs a desvantagem para um gol - 3 a 2 Brasil.

O jogo ficou em uma toma-lá-da-cá, com um leve predomínio dos italianos. Que faziam no campo o que lhes restava - tentar o gol de empate. 

Mas a Seleção Brasileira não se rende nunca. Nem poderia. Com a Fonte Nova incendiada, o jovem talento Bernard, que entrara no lugar de Neymar, rolou para Marcelo chutar e fazer – Buffon soltou o chute e quem estava no lugar certo fazendo o que um artilheiro sabe fazer?

Fred, o camisa 9 que sabe fazer como poucos fazer gol, e ele liquidou o jogo: Brasil 4 a 2. Jogo, não. Jogão.

CBF

Nenhum comentário:

Postar um comentário